As Empresas CMPC – ligadas à família Matte – decidiu impulsionar os projetos de inovação que vem desenvolvendo nos últimos anos. Para isso, a empresa definiu a criação de um fundo inédito de US$ 100 milhões, com recursos próprios, com o objetivo de investir em startups ou empresas em estágio inicial, mas também em iniciativas com a academia (universidades) e centros de inovação no Chile e no exterior. “Estamos acelerando há algum tempo nosso apetite para ser uma empresa mais inovadora.
A este percurso dos últimos cinco anos, hoje estamos colocando uma bandeira com o lançamento de um fundo de inovação de US$ 100 milhões. Em perspectiva, é algo tremendamente relevante, não apenas em escala no Chile, mas na América Latina”, afirmou o gerente de Inovação da CMPC, Felipe Alcalde.
O executivo detalhou os três principais focos do fundo, que serão oficialmente lançados em 4 dezembro, com recursos a serem desembolsados em um período de cinco a sete anos. Além de investir diretamente em startups, a empresa quer apostar em pesquisa e desenvolvimento aplicado em conjunto com a academia e os centros de inovação. “Temos exemplos concretos do trabalho que temos feito, investindo em projetos com universidades na Finlândia e também no Chile. Com a Universidade de Concepción, desenvolvemos ciência aplicada para a eficiência de nossas operações industriais”, comentou Alcalde.
Outro foco é nas “colaborações ou parcerias que podemos fazer com outras empresas, de diferentes tamanhos, desde pequenas até muito grandes, em projetos de inovação com objetivos comuns”. Neste ponto, destacou a substituição de plásticos de uso único. Nesta âmbito, neste ano, a CMPC apoiou a rodada de financiamento da startup inglesa Pulpex para a fabricação de garrafas de papel. Alcalde acrescentou que outras áreas onde a empresa pretende investir através deste fundo são as fibras têxteis à base de celulose e novos usos da madeira na construção, destacando que já têm investimento no Chile em uma empresa chamada Strong by Form. Para tomar as decisões de investimento, a CMPC conta com um comitê composto por diretores da Papelera e seu gerente geral, Francisco Ruiz-Tagle, além de executivos como o próprio Felipe Alcalde.
“Se formos bem-sucedido nestes sete anos, provavelmente escalar isso para fábricas industriais exigirá quantidades muito mais significativos”, projetou Alcalde em relação ao futuro dos investimentos em inovação que estão sendo implementados.